quarta-feira, 28 de abril de 2010

2. Como ler isto aqui

Eu tenho algumas perguntas e por isso me sentei para escrever. São questões que eu queria já respondidas, e de um jeito que me cativasse. Por isso, no fundo estou escrevendo pra mim, mas outros lerão e se identificarão; Deus sabe que sim. A verdade é que não respondi nenhuma delas; no máximo, me aproximei de caminhos que levariam a respostas futuras, se é que existem. E não vou esgotar nada porque me falta paciência. E isso em acordo com o espírito da época, que é tudo menos exaustivo. Portanto, eis algumas reflexões preguiçosas, que outros desenvolvam se quiserem. É para isso que foram feitas – para fermentarem nas cabeças alheias. Façam disto uma desculpa para se sentar juntos e pensar a respeito. É o máximo que posso esperar.

Eu estou aqui em casa digitando coisas que discutimos juntos eu e outras pessoas e crendo que o que pensamos juntos, derivando-o das nossas experiências razoavelmente diversas, é um bom exemplo do que é ser cristão na prática. Nada muito glorioso, com fogo chovendo do céu e vozes tonitruantes; mas real – valor muito raro e portanto precioso em dias vendidos em embalagens contendo quatro unidades pelo preço de três.

Quero escrever para pessoas jovens, pessoas como eu, que cresceram num mundo refratário ao cristianismo. Um mundo onde os honestos buscam a indecência por se reconhecerem incapazes de ser decentes, e os desonestos se agarram à decência para sufocá-la com hipocrisia e moralismo. Estou à beira do manifesto, com palavras de ordem e tudo, mas calma.

3 comentários:

  1. O que temos aqui, sr Randle Patrick McMurphy.
    O evangelho é revolução, é quebradeira doida, de dentro para fora.
    Gostei do que li e já estou ficando.

    abraço

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  2. Falem mesmo, escrevam mesmo, acrescentem aí. Caminhemos juntos.

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